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31 dezembro 2011

"O óbvio não costuma Ser"

‎(...) O que obviamente não presta sempre me interessou muito. Gosto de um modo carinhoso do inacabado, do malfeito, daquilo que desajeitadamente tenta um pequeno vôo e cai sem graça no chão. (Clarice Lispector)

O óbvio é tão sem graça
e do insosso já não posso provar
Provei eles todos e terminei atada
à vícios loucos de me normalizar
Gosto do feio e do pouco
do insano que sabe Ser 
sem seguir o que lhe dizem
Do desajeitado que atua no erro
se arrepende e É, sem precisar
porque viver é a sua maior vontade
desenlaça-se do óbvio com medo
e vai no seu arrependimento sofrer
chora e grita em sua agoniada Vida
e desajeitadamente cai neste chão
tão normal e aparentemente feliz
E teu cair é tão simples e sem graça 
que passa desapercebido pelos
viciados da emoção
Mas, você não passou por mim
porque já não estou atada na normalidade
e Sou junto com Você na tua liberdade
de ser esse Ser que de tão sem graça
faz-me rir e Viver a real Felicidade!

(Kátia de Souza)

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