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17 janeiro 2012

"Folhas de Laranjeira"


... Em teus galhos vi as ervas daninhas e outros tantos seres a lhe consumir as folhas ... Vi as marcas do tempo a que estes se serviram de ti e em doces palavras direcionou meu olhos abaixo daquele cenário doloroso ... E lá estavam as folhas verdes e viçosas, aquelas que me presenteastes em noite dolorosa ... Falou-me sem pudor, encerrando nosso encontro e falou de amor ... Disse que em essência tudo permanece como está, e talvez ainda mais belo, as virtudes e valores cultivados jamais se perdem, jamais poderão ser corroídos por seres ou ervas ... As verdes folhas permanecem dentro e se olhar bem de perto, em meio aos galhos de toda a minha emoção, verá a vida em renovação, outros seres que só trazem esperanças e luz ... Me dissestes ainda para o meu sorriso ver, revelando-me que o amor existe e que cada qual ama da forma que consegue ... Portanto, amanheço renovada em teus braços e minha dor que ainda persiste, nesta ânsia de ter perto quem eu amo, vai sendo curada por verdes folhas, folhas de laranjeira ... Saudando-me na madrugada e revelando-me o Amor que jamais esmaece ... Mesmo diante das ervas, seres, lágrimas que são gotas da chuva que guardastes para me dizer da tua dor em me ver sofrer, jamais o Amor irá esmaecer ... Chorando eu te vi e refiz meus passos sem promessas, apenas um diálogo entre eu e tuas verdes folhas que de mim jamais esquece ... E pude ouvir tua mensagem, onde é preciso ver que além das feridas que deixam tuas folhas cortadas, ver também entre os galhos, a vida em Mim e em Ti renovada ... 

(Kátia de Souza)

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