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16 março 2012

‎"O que restou"

Oco, eco paralelo
escuro manto singelo
brisa doce umedece
vazio abandono
choque de contrários
sentimentos soltos
vagando sem rumo
buscando o que não há
perdida vida sem sentido
sorrindo, disfarçar
lágrimas caídas
voando no abismo
resto do ser buscado
não encontrado
sozinho, parado
movimento, sombrio
fim indesejado
amargo vinho
deglutido, forçado
sufocando, grito
soluços do choro contido
falta, buraco, oco
eco falado, não ouvido
silenciado no ser
cortado ao meio
no peito a sangrar
ferida aberta
neste sempre ...
... o resto que há!

(Kátia de Souza)

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