Olhos que vêem
boca que cala
peito a doer
lágrimas que rolam
perdão que não chega
íntimo a clamar
turva visão
silêncio no ar
olho teus gestos
lembranças invadem
lamento que chega
lúcida piedade
em desatino debate-se
lança a culpa
condena sem dó
sob teus pés
sou loucura e doença
amor proclamado
são letras sem eco
a mim ignora
mais nada a dizer
só o peito a doer
por aqui perceber
que em tempos de fala
nada fora entendido
jogado ao vento
meu triste sorriso
junto e contigo
hoje lúcida eu sei
estive comigo
representante do só
por isso emudeço
ouvindo a mim
a alma me chama
junto a quem ama
e sabe dizer
as dores diluem-se
em mim viram pó!
(Kátia de Souza)
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