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24 novembro 2012

“Coisas de um Rio”

Todos os dias ...
uma briga, luta que se trava
Todos os dias ...
busca-se represar as águas
Rio caudaloso a romper barricadas
Surpreender o que se negou
Afirmando o desejo inclemente
Cortando a terra aberta agora em veios
Fluindo, molhando, germinando
coibindo os olhos que vê sua marcha
Fecham-se as janelas, trancam-se as portas
lá está abundante, famélico
por entre as reentrâncias
Jamais se viu tanta perseverança,
força e intensidade
Coisas de um rio represado por braços da arrogância
pensando poder restringir o que em gérmen é seu cerne e natural
Ainda há luta por se impedir
até onde águas dessa natureza podem fluir?
Que seja ao mar
e ali aportado na imensidão que aguarda adormeça a ânsia,
sucumba a luta e abrigue-se na paz e esperança
e que este seja apenas o inevitável caminho do Sublime
que busca por algo Maior que ainda não se provou.

(Kátia de Souza) – 19/11/12 às 22:34h

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