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19 dezembro 2012

"Íntimo temor"

Cala-te alma minha
silencia o teu pranto
chora e aliena-se
nesta tal hipocrisia

Transparência, cara minha
assusta e apavora
nua, crua aparência
não há mãos que lhe sustenta
há gritos por todo lado
pois, todos se desarvoram

Travessia tão perigosa
não se trilha em brumas só
requer outra corajosa
solitária vai ao nada
reduz-se, vira pó

Espera o eco santo
chamando ao que lhe aguarda
ânsia coberta em manto
sabes o que aparta

Temor do desejo contido
sucumbir ao que é presente
em nós ao ego abismo
mascarando o que se cala
falando o que não se sente
evitando o fim de todos
retardando o que É em nós
o Sublime ou ainda ausente

Caminha então com todos ...
... calando a tua ... Voz!!!

(Kátia de Souza e um amigo)
05/12/12 - 01:07h

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